Ainda.

Fui feliz de forma inimaginável. Me vi ali sentada, parada.
O pedaço que faz parte de um todo em mim, é um pedaço do seu todo batendo e gritando por mim.
É a arte, é marte. É de um lado razão, do outro, enfim...
Esperando você chegar, pensando... Tentando entender o porque. Porque será?
Desenhei flores no ar, o vento, o movimento me fez parar, pairar... De forma limpa e serena me enfrentei, me fiz melhor, merecedora daquele luar. Uma forma de querer, de amar. 
O que tudo um dia eu quis... E você não pôde dar.

Gabriella R.

Parceria.

Brava gente, Brasileira!

Ouviram o brado retumbante
Às margens plácidas do rio ipiranga
De um povo heroico que desejava liberdade.
Brava gente, brasileira!

Ouviram os risos dos ricos
Às margens de suas mansões
Um povo que fecha os olhos para quem precisa
Brava gente, brasileira!

Ouviram o grito de terror da mãe
às margens do corpo de seu filho
Um povo morto pelas balas perdidas
Brava gente, brasileira!

Ouviram o choro de desespero
Às margens do prato vazio
Um povo que morre de fome a cada dia
Brava gente, brasileira!

Ouviram o deboche dos governantes
Às margens do dinheiro e corrupção
Um povo que vira as costas ao seu povo
Brava gente? Brasileiros!

(Texto de Rafael Ramos http://letrinhanasopa.blogspot.com.br/)


Bom galera, esse texto maravilhoso foi escrito por um grande amigo meu que a algum tempo criou o blog Just Words para divulgar suas escritas. E eu com toda segurança lhes garanto uma boa leitura!

Gostaria também que conhecessem a página criada pelo mesmo para a divulgação de seu trabalho: http://www.facebook.com/pages/Just-Words/506779166038955 . Espero que gostem do blog e que curtam a página. Ele merece!

Até hoje.

Numa dança eu te amei, o vento pairou no momento que meu pensamento chegou até você. Não hesite! Foi muito pra mim, é até hoje. Difícil explicar o que se via naquele dia, sonhava pra poder viver, vivia pra poder te amar. Sentia o cheio do perfume, o perfume, a sensação de te olhar, beijar. Um regresso que não passou despercebido, um canto, encanto que ninguém deixou de notar, nem mesmo aquele que tanto ousou te amar, eu. E atrás da razão que perdi na curva do vento vim aqui através do tempo, do momento e de tudo que um dia já lhe fiz, contar. Que um dia eu pude ver, pude saber que quem ama não permite, se proíbe parar de amar. Não pare de me amar!

Gabriella R.

Nem tão distante.

O sorriso de uma pessoa diz muito mais do que as palavras que sairão de sua respectiva boca. Os sorrisos nos trazem alegria, amor e paz. Nos fazem ir longe, além dos olhos, além do corpo. Nos fazem imaginar e reinventar, traz aquilo que não temos ou não sabemos se existe. Nos faz entrar num mundo distante e profundo. Um mundo que só o sorriso nos proporciona. Faz viajar, imaginar. Imaginar de onde vem tanto brilho, tanta cor ao ver. De onde vem e quem o-trouxe. Pra onde e a quem ele irá chegar. Me faz tentar sorrir. Me faz tentar sonhar.

Gabriella R.

Antes.

Não será dela que sairá o primeiro pensamento, o primeiro beijo. Sairá pensamentos fortes e carinho, serás o primeiro a tocar, a amar.
Terás tua única chance de arriscar um toque imperfeito e indiscreto, o risco de não sentir-se junto a ela. Podes pensar que talvez ali ela sinta e nunca esqueça, mas só pensar. Sentir o cheiro, o cabelo e tudo que nela há. Junte se a ela numa sintonia que a um minuto atrás era só querer. Era só entender, só chamar, estava ali bem a sua frente, bem ao seu poder, bem a você.

Gabriella R.

Ego.

Eu só quero poder. Poder dizer que estou bem, porém mesmo estando. Queria ver o mundo com os olhos de alguém que acredita em mim, de alguém que me vê de um jeito bom. Melhor não pensar, ser perfeito é ser impossível, um impossível sonho, um sonho. Ganhar sorriso das coisas espelhadas onde me olho e ver tudo de bom, ver olhares nos meus, sair de bem, confortável, tranquila e confiante. Ser perfeito é impossível ou é impossível ver a perfeição? Perfeição, almejarei até a morte, teria por ela, poderia por mim. Não pensaria duas vezes, não mediria riscos, pediria mil vezes. Fugir de mim é ser feliz, sair daqui seria difícil, dormir ajudaria mas não resolveria. Pensar que momentos piores, mas dali ninguém via maldade, ninguém criticava, ninguém se importava, dali saíam risadas e tudo que alguém pode querer. Quero voltar, voltar a não me importar, a não ter que me importar.

Gabriella R.

Bilhetinho.

Sinto como se não houvesse luz, me pego com medo, de segredo. O escuro é um inteiro pedaço de um pequeno pedaço de mim. A sombra daquilo que vi, de um todo que vivi, menti e tentei arrancar de mim o que me fazia sentir de tudo que mostrei, de um modo peculiar. Distante da gota pousada na janela, tão perto de você que não se afastou dela, de novo lhe-senti amargo, de novo me afago. Num aperto do peito que senti ao olhar, de longe eu chamo seu nome ao luar, no vento ao sambar, ensina a cantar, mostra a canção, canção de um homem que não soube amar.

Gabriella R.